Macroprolactina

O exame de Macroprolactina serve para identificar a presença de uma forma inativa da prolactina no sangue, chamada Macroprolactina — uma molécula maior, formada pela ligação da prolactina com imunoglobulinas.

Embora possa elevar os níveis totais do hormônio nos exames laboratoriais, a Macroprolactina tem pouca ou nenhuma atividade biológica, o que significa que não costuma causar sintomas.

Esse exame é fundamental para diferenciar casos de hiperprolactinemia verdadeira daqueles em que o aumento da prolactina não representa um distúrbio clínico relevante.

O exame é utilizado para distinguir entre a hiperprolactinemia verdadeira (com sintomas) e a causada apenas pela presença de Macroprolactina, que é uma forma inativa. Isso evita tratamentos desnecessários e exames complementares em pacientes com níveis elevados de prolactina, mas sem sinais clínicos compatíveis.

Quando o resultado indica “Macroprolactina negativa”, significa que não há quantidade significativa de Macroprolactina, uma forma inativa da prolactina que circula no sangue ligada a anticorpos. Isso confirma que os níveis de prolactina medidos no exame correspondem à forma biologicamente ativa do hormônio. Esse resultado é importante, pois indica que, caso haja prolactina elevada, trata-se de uma hiperprolactinemia verdadeira, que pode ter impacto clínico e precisa ser investigada.

A presença de níveis elevados de Macroprolactina, com sintomas ausentes ou leves, geralmente indica que a hiperprolactinemia é causada pela forma inativa do hormônio. Nesses casos, o quadro tende a ser benigno e não requer tratamento. No entanto, se houver sintomas como alterações menstruais, infertilidade ou galactorreia (produção de leite pelas mamas fora do período de amamentação), é necessário investigar outras causas.

O valor de referência pode variar de acordo com o método utilizado pelo laboratório, mas, em geral, considera-se negativo quando a recuperação de prolactina após precipitação com polietilenoglicol (PEG) é maior que 60%. Valores entre 30% e 60% são considerados zona cinzenta e abaixo de 30% são sugestivos de macroprolactinemia.

O valor pode variar conforme o laboratório e a região. A realização pode ser coberta por planos de saúde, desde que haja solicitação médica.