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Líquido amniótico aumentado prejudica o bebê?

Quais são as principais causas dessa condição e como identificá-la e tratá-la?

Durante a gestação, o líquido amniótico tem um papel fundamental no desenvolvimento do bebê. Ele protege, mantém a temperatura adequada, permite a movimentação e contribui para o bom funcionamento de diversos órgãos. Mas o que acontece quando esse líquido é excessivo? Essa condição, denominada polidrâmnio, costuma gerar dúvidas e preocupações em muitas gestantes.

Vale destacar que o aumento do volume de líquido amniótico é normal da 34ª à 36ª semana de gestação, diminuindo progressivamente conforme o parto se aproxima. Porém, em alguns casos, o volume pode ultrapassar o esperado e trazer riscos tanto para a mãe quanto para o bebê.

Neste artigo, você vai entender as causas, os sintomas e como tratar essa condição.

O que é e quais são as causas do polidrâmnio?

O polidrâmnio acontece quando há um aumento anormal do volume de líquido amniótico durante a gestação. Esse acúmulo pode estar relacionado a fatores maternos ou fetais, que interferem no equilíbrio entre a produção e a absorção do líquido pelo bebê.

Entre as principais causas estão:

  • Diabetes gestacional: níveis elevados de glicose no sangue da gestante estimulam uma maior produção de urina pelo bebê, aumentando o volume do líquido amniótico;
  • Alterações gastrointestinais fetais: malformações que afetam o trato digestivo do bebê podem dificultar a deglutição e, consequentemente, a absorção do líquido;
  • Anomalias na placenta: alterações na formação dos vasos sanguíneos podem levar à produção exagerada de líquido;
  • Infecções: doenças como rubéola, citomegalovírus, toxoplasmose e sífilis podem provocar inflamações que afetam a produção e absorção do líquido amniótico;
  • Doenças cromossômicas: síndromes genéticas, como Down, estão entre as condições associadas ao polidrâmnio;
  • Malformações fetais: anencefalia, hérnias diafragmáticas e atresias do esôfago ou do duodeno estão entre as alterações estruturais que impactam a regulação do líquido;
  • Anemia fetal: quando há redução significativa das células vermelhas no sangue do bebê, pode ocorrer desequilíbrio na produção do líquido amniótico.

Apesar de assustar, na maioria dos casos o polidrâmnio tende a se resolver espontaneamente. Ainda assim, é fundamental o acompanhamento próximo do obstetra, que poderá monitorar o volume do líquido e o bem-estar do bebê por meio de ultrassons e outros exames.

Como identificar o aumento do líquido amniótico?

O diagnóstico definitivo só pode ser feito pelo médico, utilizando o ultrassom obstétrico. Porém, algumas gestantes podem perceber sinais que indicam a necessidade de investigação, como desconforto ou peso abdominal, falta de ar, sensação da pele esticada na barriga e inchaço na parte inferior do abdômen. Durante o exame físico, o obstetra também pode notar dificuldade para sentir o bebê ao apalpar a barriga da gestante e ouvir seus batimentos cardíacos.

Líquido amniótico aumentado é grave?

Em grande parte dos casos, o polidrâmnio é leve e não traz prejuízos significativos. Porém, quando o aumento do líquido amniótico é acentuado, pode haver maior risco de:

  • Parto prematuro;
  • Descolamento da placenta;
  • Dificuldades no trabalho de parto;
  • Desconforto respiratório para a mãe;
  • Crescimento excessivo do bebê.

Existe tratamento?

Ao identificar o aumento do líquido, o obstetra irá avaliar o volume, os sintomas e solicitar exames complementares, como o ultrassom morfológico e o rastreio para diabetes gestacional.

Nem sempre o tratamento será necessário. Na maioria dos casos, o acompanhamento cuidadoso com consultas e exames regulares já é suficiente para garantir uma gestação tranquila.

Em situações mais graves, o obstetra poderá indicar medidas específicas, como a drenagem do excesso de líquido. O mais importante é lembrar que, com o diagnóstico precoce e o acompanhamento adequado, é possível levar a gestação de forma saudável e segura, garantindo o melhor para a mãe e o bebê.

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