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Foto do médico Marcio Massao Santana Sueto
Revisão médicaMarcio Massao Santana Sueto
CRM SP 20402-0
Neurologia Geral
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Marcio Massao Santana Sueto
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O que é Esclerose Múltipla?

A esclerose múltipla (EM) é uma doença inflamatória em que o sistema imunológico agride o cérebro e a medula, destruindo uma estrutura chamada bainha de mielina dos neurônios, que, por sua vez, são responsáveis por auxiliar na condução dos impulsos nervosos. O motivo do nosso corpo produzir anticorpos que agridem o nosso próprio sistema nervoso ainda é desconhecido, mas existem evidências de que a doença ocorra mais em mulheres (na proporção próxima de 2:1), principalmente na faixa etária de 18 até os 45 anos (adultos jovens). Contudo, apesar de raro, pode acometer até a sétima década de vida. A produção de anticorpos atípicos tende a perdurar por toda a vida, causando uma doença crônica e degenerativa, onde os sintomas da doença dependem de qual região do cérebro ou da medula foi agredida.

Atualmente, apesar do caráter degenerativo, temos um arsenal elevado de medicações modificadoras de doença para tentar reduzir, ou até interromper, o dano cerebral.

A Esclerose Múltipla é contagiosa?

A doença não é contagiosa.

Quais são as causas da Esclerose Múltipla?

O motivo do nosso corpo produzir auto-anticorpos ainda é incerto. Existem diversas
linhas de pesquisas e teorias que tentam justificar a fisiopatologia da doença, mas
acredita-se que envolvam uma combinação genética (principalmente variações
envolvendo o locus HLA-DRB1) e fatores ambientais:

● Infecções por Epstein-Barr
● Déficit de vitamina D
● Tabagismo
● Obesidade
Os fatores de risco têm mais influência se ocorrerem durante a adolescência.

Quais são os tipos de Esclerose Múltipla?

Os tipos de esclerose múltipla são definidos pelos surtos (que é o período quando ocorre uma lesão no sistema nervoso central e os sintomas podem durar de dias até semanas, sendo totalmente reversíveis ou parcialmente reversíveis – quando houver sequela do surto) e pelo intervalo entre os surtos.

Esclerose Múltipla Remitente-Recorrente (EMRR) é a forma mais comum da doença (85%), sendo caracterizado por surtos e a remissão entre os surtos (período de calmaria, sem sintomas ou lesões neurológicas).

Esclerose Múltipla Primariamente Progressiva (EMPP) ocorre quando a degeneração neurológica ocorre progressivamente desde o seu início, sem caracterização de surtos ou recuperações. Ocorre em até 10% dos casos.

Esclerose Múltipla Secundariamente Progressiva (EMSP) ocorre quando uma Esclerose Múltipla Remitente-Recorrente evolui para degeneração neurológica progressiva sem surtos evidentes. Em um prazo de 10 até 20 anos, aproximadamente metade dos pacientes com EMRR evoluirão para esta forma de doença.

Esclerose Múltipla Progressiva Recorrente (EMPR) é a forma mais grave e menos comum da doença. Ela tem o comportamento de degeneração neurológica progressiva associada a surtos que aceleram o processo. Ocorre em até 5% dos casos.

Quais são os sintomas da Esclerose Múltipla?

Os sintomas variam de acordo com a região do cérebro e da medula que foi atingida. Podem variar desde sintomas leves e silenciosos, até sintomas graves e incapacitantes. Se ocorrer como um surto de doença, tende a durar mais de 24 horas:

● Perda visual;

● Visão dupla;

● Fraqueza muscular, geralmente assimétrica e em qualquer região do corpo;

● Formigamento e perda de sensibilidade, geralmente assimétrica e em qualquer região do corpo;

● Desequilíbrio e incoordenação motora;

● Tontura;

● Voz enrolada;

● Incontinência urinária (perda de urina);

● Incontinência fecal (perda de fezes);

● Impotência sexual.

● Fadiga;

● Depressão e ansiedade;

● Dificuldade cognitiva.

A doença apresenta uma lista diversa de sintomas. Se você tiver dúvidas, sugerimos marcar uma consulta com um neurologista da Rede D’or para esclarecimento e orientações.

Como é o diagnóstico de Esclerose Múltipla?

O diagnóstico da doença é baseado nos critérios de McDonald modificado (2024), onde são avaliadas as queixas do paciente, o exame físico neurológico minucioso, a ressonância magnética em busca de lesões desmielinizantes no sistema nervoso central e o líquido cefalorraquidiano em busca de bandas oligoclonais e imunoglobulinas G patológicas.

É possível prevenir a Esclerose Múltipla?

Não existe uma estratégia consolidada para a prevenção da Esclerose Múltipla. Contudo, existem fatores de risco modificáveis bem relacionados com o desenvolvimento da doença, como o tabagismo, o sedentarismo e a hipovitaminose D. A prevenção destas situações de riscos pode beneficiar o paciente.

Como é o tratamento da Esclerose Múltipla?

Não existe cura para a doença. Contudo, atualmente temos um arsenal elevado de medicações modificadoras de doença para tentar reduzir, ou até interromper, o dano cerebral.

Também é importante salientar a importância da equipe multidisciplinar, como fonoaudiologia, fisioterapia, psicologia e nutrição, para o fortalecimento do paciente e de possíveis sequelas adquiridas.

Em relação aos medicamentos, trata-se de fármacos imunossupressores que podem ser de uso oral e subcutâneo, geralmente utilizadas para doenças menos agressivas, até medicação endovenosa que controlam a população de linfócitos B ou impedem o anticorpo patológico de chegar ao cérebro, que são geralmente utilizadas para doenças altamente ativas e graves.

Para realizar a medicação endovenosa, de maior eficácia no tratamento da doença grave, é necessária uma avaliação com um neurologista capacitado e a disponibilidade de um centro de infusão / hospital dia para realizar a medicação em ambiente seguro, monitorado, e com equipe de saúde capacitada para eventuais efeitos colaterais e intercorrências.

A Rede D’or dispõe de médicos neurologistas altamente capacitados para o diagnóstico adequado e para a definição de um tratamento eficaz, além de também dispor de diversos centros de infusões devidamente equipados e treinados para a melhor segurança do paciente durante o tratamento. A Rede D’Or é a maior empresa de saúde da América Latina. Está presente nos estados do Rio de Janeiro, Ceará, Paraná, Maranhão, de São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Mato Grosso do Sul, da Bahia, Paraíba e no Distrito Federal. O grupo é composto atualmente por hospitais próprios e clínicas oncológicas (Oncologia D’Or), além de atuar em serviços complementares com exames clínicos e laboratoriais, banco de sangue, diálise e ambulatórios de diversas especialidades. Para garantir a excelência na prestação de serviços, a Rede D’Or adotou a Acreditação Hospitalar, processo de avaliação externa para examinar a qualidade dos serviços prestados por organizações independentes, como uma de suas principais ferramentas. Os hospitais do grupo já receberam certificações emitidas por organizações brasileiras, como a Organização Nacional de Acreditação (ONA), e internacionais, como a Joint Commission International (JCI), a Metodologia Canadense de Acreditação Hospitalar (QMENTUM IQG), e a American Society of Clinical Oncology (ASCO). A Rede D’Or ainda oferece aos pacientes críticos o cuidado necessário no momento certo, o que leva a melhores desfechos clínicos e à alocação eficiente de recursos. Por isso, 87 UTIs do grupo receberam o certificado Top Performer 2022, concedido pela Epimed e AMIB – Associação de Medicina Intensiva Brasileira. Conte com a Rede D’Or sempre que precisar!

Marque uma consulta com o NEUROLOGISTA perto de você! Se você identifica esses sintomas, procure um especialista. O diagnóstico precoce é o melhor caminho para manter sua saúde em dia. Agende uma consulta