Centro de Oncologia do Peritônio
Desde 2016, o COP (Centro de Oncologia do Peritônio) viValle tem ajudado pacientes de vários estados do Brasil, por oferecer atendimento de excelência com equipe multidisciplinar reunindo médicos formados nos mais renomados centros do país e exterior, com equipes de enfermagem, farmácia, nutrição e psicologia com ampla experiência e formação específica.
O Centro de Oncologia do Peritônio do viValle (COP viValle) nasce com o propósito de ser referência no atendimento de pacientes portadores de neoplasias da Superfície Peritoneal.
O conceito internacional de atendimento centralizado e ultra especializado tem como objetivo atender à normas internacionais de qualidade.
A equipe multidisciplinar liderada e treinada pelo Dr. Artur Reis, especialista em Oncologia da Superfície Peritoneal pela ESSO (European Society of Surgical Oncology), única certificação na área existente no mundo, conta com profissionais de enfermagem, farmácia, nutrição e psicologia com ampla experiência e formação especializada, desde 2016.
No viValle, o paciente é cuidado por uma equipe focada em Oncologia do Peritônio. São cirurgiões e oncologistas clínicos com ampla experiência no enfrentamento da carcinomatose peritoneal.
Entendendo a doença
A carcinomatose peritoneal é o câncer disseminado no peritônio, uma membrana que reveste o interior da cavidade abdominal e cobre a maioria dos órgãos intra-abdominais como: estômago, intestinos, reto, bexiga e útero. A doença acomete homens e mulheres de todas as faixas etárias.
Mais de 90% dos cânceres peritoneais são causados por tumores secundários, metastáticos de outros órgãos que se espalharam e atingiram a membrana.
Existem também tumores primários, ou seja, começam no próprio peritônio, mas são raros. Mesmo estes tumores raros serão acolhidos com excelência.
No entanto, com o avanço dos medicamentos e do aprimoramento de técnicas cirúrgicas, hoje muitos pacientes podem ser submetidos a tratamentos com intuito curativo.
Quais os sintomas de um paciente com essa patologia?
Nos estágios iniciais, a carcinomatose peritoneal pode ser assintomático, sendo que os sintomas mais frequentes aparecem nos estágios mais avançados da doença, por isso é conhecida como uma “neoplasia silenciosa”.
Frequentemente, o câncer peritoneal é descoberto durante a cirurgia do tumor primário ou mesmo durante uma cirurgia de rotina, sendo assim importantíssimo o apoio da equipe multidisciplinar.
Quando os nódulos do tumor começam a crescer na superfície intestinal, podem causar obstrução progressiva do trânsito intestinal, o que pode resultar em um inchaço desconfortável no abdômen, perda de apetite e peso, náuseas e constipação. Além disso, podem ocorrer sintomas não específicos, como cansaço e dor.
Como surge a Carcinomatose Peritoneal?
Alguns tumores abdominais podem atingir a superfície externa do órgão, com isso, algumas células neoplásicas se soltam do tumor e ficam livres na cavidade abdominal. Estas células livres circulam pela cavidade junto com o líquido que normalmente está presente (mesmo em pessoas que não possuem a doença).
O líquido peritoneal normal é reabsorvido em alguns locais da cavidade abdominal, como no peritônio do diafragma. Através de passagens microscópicas existentes no peritônio destes locais, as células se implantam e começam a se multiplicar, formando os nódulos de carcinomatose peritoneal.
Como é o tratamento da Carcinomatose Peritoneal?
O tratamento ideal para cada paciente depende de muitos fatores, incluindo idade, condição geral, origem e gravidade do câncer peritoneal. Os pacientes com esse câncer são avaliados por uma equipe multidisciplinar composta por oncologista clínico, cirurgião, radiologista dedicado e patologista com conhecimento sobre Oncologia do Peritônio.
Após análise individualizada, o paciente pode ser candidato a:
- Tratamento com Intenção Curativa: tipicamente um esforço multidisciplinar que combina quimioterapia sistêmica (endovenosa) e técnicas avançadas de cirurgia. Um exemplo é a Peritonectomia para remover todas nódulos do peritônio associada à Quimioterapia Hipertérmica Intraperitoneal (HIPEC) que tem o objetivo de eliminar células microscópicas residuais.
- Tratamento com Intenção Paliativa: visa melhorar a qualidade de vida e reduzir os sintomas causado pelos nódulos peritoneais. Esse tratamento pode incluir diferentes estratégias que vão desde o alívio de sintomas (dor, ascite, falta de ar, etc…) ao uso de técnicas modernas e inovadoras como a Quimioterapia Aerossolizada Pressurizada Intraperitoneal (PIPAC).
Cirurgia Citorredutora (CRS) e Quimioterapia Intraperitoneal Hipertérmica (HIPEC)
A cirurgia citorredutora associada a quimioterapia intraperitoneal hipertérmica é mais uma ferramenta no tratamento das neoplasias que acometem o peritônio.
A HIPEC é um procedimento de quimioterapia concentrada e aquecida, aplicada diretamente no abdómen ao final da Cirurgia Citorredutora (no mesmo ato cirúrgico).
Diferente da quimioterapia convencional, na HIPEC o quimioterápico é administrado diretamente no abdómen, o que permite o uso de doses mais altas da medicação, sem que o paciente sinta os efeitos tóxicos desta dose elevada. O aquecimento da solução (40 a 42ºC) aumenta a absorção pelo tumor e destrói as células microscópicas que possam ter sobrado após a cirurgia citorredutora.
Quimioterapia Aerossolizada Pressurizada Intraperitoneal (PIPAC)
O PIPAC é uma ferramenta muito útil no tratamento de pacientes com neoplasia da Superfície Peritoneal por ser uma excelente forma de controlar sintomas causados pelos nódulos peritoneais, como dor e a presença da ascite.
É um procedimento realizado por videolaparoscopia e necessita pouco tempo de internação (1 a 2 dias).
Para que o medicamento tenha maior absorção diretamente no peritônio, usamos uma uma espécie de sonda, chama probe, que transforma o líquido do Quimioterápico em um Aerossol. Quando o procedimento é aplicado de forma combinada ao medicamento endovenoso, temos o benefício de aumentar a concentração do medicamento no nódulo peritoneal, reduzindo muito os sintomas gerados por ele.