Como a quimioterapia adjuvante age no câncer?
Nos avanços do tratamento oncológico, a combinação de diferentes abordagens tem se mostrado cada vez mais eficaz na busca pela cura do câncer e pela prevenção de recidivas. Entre essas estratégias, destaca-se a quimioterapia adjuvante. Mas, afinal, como ela funciona? Em quais casos é indicada? Quais são seus efeitos colaterais? Neste artigo, você encontrará todas essas respostas.
O que é a quimioterapia adjuvante?
A quimioterapia adjuvante é uma forma de tratamento complementar, administrada após a terapia primária, geralmente cirurgia e, em alguns casos, radioterapia. Seu principal objetivo é eliminar possíveis células tumorais residuais, que podem não ter sido detectadas ou removidas durante a intervenção inicial. Dessa forma, busca-se reduzir significativamente o risco de recidiva (retorno do câncer) ou metástase.
Como funciona?
A quimioterapia adjuvante atua de forma sistêmica. Isso significa que os medicamentos quimioterápicos são distribuídos por todo o corpo por meio da corrente sanguínea, permitindo atingir e destruir células cancerosas microscópicas que possam ter se espalhado, mesmo que ainda não tenham sido identificadas por exames de imagem ou laboratoriais.
Os quimioterápicos interferem na divisão e proliferação celular, sendo especialmente eficazes contra células que se multiplicam rapidamente, uma característica comum às células tumorais. A duração e o número de ciclos variam de acordo com o tipo e o estágio do câncer, além das condições clínicas do paciente. O tratamento pode durar de algumas semanas a vários meses, com esquemas que incluem aplicações diárias, semanais ou em intervalos específicos, sempre definidos de forma individualizada pela equipe médica.
Quando o tratamento é indicado?
A quimioterapia adjuvante costuma ser indicada quando há um risco aumentado de recorrência ou disseminação da doença. Essa decisão é baseada em fatores como o tipo histológico do tumor, grau de agressividade, presença de células cancerosas nos linfonodos regionais, margens cirúrgicas e outros marcadores biológicos.
É mais frequentemente recomendada em tipos de câncer como:
- Câncer de mama;
- Câncer colorretal;
- Câncer de ovário;
- Câncer gástrico;
- Câncer de pulmão;
- Câncer de pâncreas.
Diretrizes como as da ASCO (American Society of Clinical Oncology) e da ESMO (European Society for Medical Oncology) sustentam o uso da quimioterapia adjuvante em cenários específicos, baseando-se em evidências robustas de ganho em sobrevida global.
Quais são os efeitos colaterais?
Os efeitos colaterais da quimioterapia adjuvante variam de acordo com o tipo de droga utilizada, dose, duração do tratamento e resposta individual do paciente. Uma das dúvidas mais frequentes é se esse tipo de quimioterapia provoca queda de cabelo.
A alopecia (queda de cabelo) é um efeito adverso comum, especialmente com esquemas que incluem antraciclinas e taxanos. No entanto, essa perda é geralmente temporária, e os fios tendem a crescer novamente após o término do tratamento. Atualmente, estratégias como o uso de toucas de resfriamento do couro cabeludo têm sido empregadas com bons resultados para reduzir a alopecia induzida por quimioterapia.
Outros efeitos adversos comuns incluem:
- Náuseas e vômitos;
- Diarreia ou constipação;
- Fadiga;
- Queda da imunidade (neutropenia);
- Anemia;
- Edemas (inchaço corporal);
- Alterações dermatológicas;
- Perda de apetite e de peso.
A equipe multidisciplinar acompanha rigorosamente o paciente durante todo o tratamento, ajustando condutas conforme necessário, oferecendo suporte medicamentoso, nutricional e psicossocial para minimizar os efeitos colaterais e garantir a continuidade do tratamento com segurança.
Qual é a diferença entre quimioterapia adjuvante e neoadjuvante?
A principal distinção entre esses dois tipos de quimioterapia está no momento em que são administradas:
- Quimioterapia adjuvante: é realizada após o tratamento principal (cirurgia ou radioterapia), com o intuito de eliminar células residuais e reduzir o risco de recidiva.
- Quimioterapia neoadjuvante: é aplicada antes da intervenção principal, geralmente com o objetivo de reduzir o volume do tumor, facilitar a cirurgia e, em alguns casos, permitir técnicas menos invasivas ou mais conservadoras.
A decisão entre uma abordagem ou outra depende de uma avaliação criteriosa e personalizada, feita por uma equipe oncológica especializada, considerando as características clínicas e biológicas de cada caso.
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