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Conheça 5 tabus quando o assunto é câncer de próstata

Abordar esses tabus é fundamental para a conscientização sobre o câncer de próstata. A educação e o diálogo aberto auxiliam os homens a se sentirem mais confortáveis em buscar cuidados médicos e discutir suas preocupações, contribuindo para diagnósticos precoces e tratamentos mais eficazes.

Conheça 5 tabus quando o assunto é câncer de próstata

O câncer de próstata é uma das formas mais comuns de câncer entre os homens, e, quando diagnosticado precocemente, possui altas taxas de cura. Apesar disso, ele ainda é cercado por tabus e desinformação, que podem prejudicar o diagnóstico precoce, o tratamento e o suporte suporte emocional dos pacientes.

Nesta matéria, você vai conhecer cinco dos principais tabus relacionados ao câncer de próstata, que vão desde preconceitos sobre o exame até preocupações sobre os impactos do tratamento.

1. Medo e preconceito do exame de toque retal

O exame de toque retal é um dos maiores alvos de tabus e preconceitos quando o assunto é câncer de próstata. Muitos homens evitam realizar esse exame por vergonha, desconforto ou medo de julgamentos sociais. Contudo, ele é uma ferramenta essencial para a detecção precoce do câncer e salva vidas.

Embora rápido e indolor, o exame de toque ainda enfrenta resistência devido à falta de conscientização e à perpetuação de estigmas sociais. Quando combinado com o teste de PSA (antígeno prostático específico), proporciona uma avaliação mais precisa, aumentando significativamente as chances de diagnóstico precoce e cura.

É fundamental superar o preconceito em torno desse exame e reforçar a ideia de que cuidar da saúde é um ato de coragem e responsabilidade.

2. Câncer de próstata é uma doença apenas para idosos

Muitos ainda acreditam que o câncer de próstata afeta apenas homens mais velhos. Apesar de ser mais frequente após os 65 anos, a doença também pode acometer homens mais jovens, especialmente aqueles com histórico familiar ou fatores de risco.

Homens a partir dos 50 anos, ou 45 anos em casos de risco elevado, devem iniciar o acompanhamento regular com um urologista. O monitoramento permite identificar alterações precocemente e iniciar o tratamento, se necessário, em estágios iniciais, quando as chances de cura são maiores.

3. A crença de que o câncer de próstata sempre causa impotência

Outro tabu comum é o medo de que o tratamento do câncer de próstata resulte necessariamente em impotência sexual. Embora algumas terapias possam causar disfunção erétil, os avanços tecnológicos e as técnicas cirúrgicas modernas visam minimizar esses efeitos colaterais.

Procedimentos como a pprostatectomia robótica e a radioterapia direcionada têm como objetivo preservar a função sexual e a continência urinária. Além disso, em casos de disfunção erétil, existem terapias e medicamentos eficazes que ajudam os pacientes a retomarem suas vidas sexuais de forma satisfatória.

É importante destacar que, além da qualidade de vida, o foco do tratamento é a cura e uma abordagem multidisciplinar pode ajudar o paciente a lidar com eventuais desafios par atingir esse objetivo.

4. A falta de uma discussão aberta sobre saúde masculina

Ainda existe uma grande dificuldade em abordar temas relacionados à saúde masculina, como o câncer de próstata. Muitos homens não frequentam o médico regularmente e relutam em conversar sobre sintomas urinários ou sexuais, o que pode atrasar o diagnóstico e comprometer o tratamento.

Iniciativas como o Novembro Azul têm sido cruciais para quebrar esses estigmas, promovendo a conscientização e incentivando os homens a cuidarem melhor da saúde. Conversar abertamente sobre o câncer de próstata é essencial para desmistificar preconceitos e estimular exames preventivos, que podem salvar vidas.

5. A ideia de que não se deve tratar câncer de próstata em fase inicial

Alguns pacientes, ao receberem o diagnóstico de câncer de próstata em fase inicial, acreditam que podem “esperar” ou não fazer nada, devido à crença de que o tumor evolui lentamente. Isso pode ser verdade para uma parcela pequena de pacientes e muito bem sellecionados. No entanto, nem todos os casos seguem esse padrão, e alguns podem progredir de forma agressiva.

O acompanhamento médico regular é indispensável para avaliar cada caso e definir a melhor abordagem terapêutica, que pode incluir vigilância ativa, cirurgia ou radioterapia. Em estágios iniciais, as taxas de cura são extremamente altas, reforçando a importância de um diagnóstico precoce e de um plano de tratamento adequado.

Superar os tabus em torno do câncer de próstata é essencial para garantir que mais homens procurem ajuda médica, realizem exames preventivos e recebam o tratamento necessário. Informar-se e buscar apoio médico especializado não apenas aumenta as chances de cura, mas também promove maior qualidade de vida durante e após o tratamento.

A conscientização e o diálogo aberto sobre saúde masculina são ferramentas poderosas para combater o estigma e reduzir o impacto da doença.

Revisão médica:

Dra. Fernanda Frozoni Antonacio

Oncologista Clínica

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