Alimentação, sono e exercícios também protegem o seu coração
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Cuidar da saúde do coração vai muito além dos consultórios médicos. Alimentação equilibrada, sono de qualidade e prática regular de exercícios físicos são pilares fundamentais para manter a saúde cardiovascular e prevenir uma série de doenças do coração.
A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) alerta que uma alimentação desequilibrada contribui diretamente para o desenvolvimento de doenças cardíacas, como hipertensão, diabetes e alterações no colesterol e nos triglicerídeos. Pesquisas indicam que dormir bem reduz o risco de desenvolver doenças cardiovasculares. Por outro lado, a falta de sono está associada ao aumento de casos de hipertensão, problemas nas artérias do coração e outras complicações cardíacas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) reforça que praticar atividade física regularmente é fundamental para prevenir e controlar doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e até alguns tipos de câncer.
No Dia Nacional da Saúde, celebrado em 5 de agosto, é o momento ideal para refletir sobre os nossos hábitos e entender como atitudes simples no dia a dia podem impactar diretamente na saúde do coração. Continue lendo e adote novos hábitos para benefício da saúde do seu coração.
Por que alimentação, sono e exercícios fazem bem ao coração?
As doenças cardiovasculares continuam sendo a principal causa de morte no mundo. Mas grande parte desses problemas pode ser prevenida com mudanças no estilo de vida. Como adotar uma alimentação saudável, ter uma boa rotina de sono e praticar exercícios físicos.
A alimentação influencia diretamente na saúde do coração?
A alimentação é um dos pilares da saúde cardiovascular e influencia diretamente no risco de doenças cardíacas. O que comemos no dia a dia pode contribuir para o acúmulo de gordura nas artérias, elevação da pressão arterial e desregulação do colesterol. Por outro lado, uma dieta equilibrada ajuda a controlar esses fatores, reduz o risco de infarto, AVC e insuficiência cardíaca.
Manter uma alimentação balanceada é essencial para proteger o coração. Dr. Hugo Faria, coordenador da Unidade de Terapia Intensiva Cardiológica do Hospital Santa Helena, da Rede D’Or, em Brasília, aponta alguns alimentos que auxiliam a saúde cardiovascular:
- Frutas, verduras e legumes variados;
- Grãos integrais (arroz integral, aveia, quinoa);
- Oleaginosas (nozes, castanhas, amêndoas);
- Peixes ricos em ômega-3 (salmão, sardinha);
- Azeite de oliva extravirgem.
“Já os vilões são os ultraprocessados, embutidos, excesso de sal, açúcar refinado, frituras e carnes processadas. O ideal é consumir esses alimentos com muita moderação ou, se possível, evitá-los”, aconselha o especialista, que atua em UTI e em consultório, sempre com foco em prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças do coração.
Sono de qualidade e o seu benefício para o coração
Dormir bem é essencial para a saúde do coração. Durante o sono, o organismo regula funções importantes, como a pressão arterial, os batimentos cardíacos e os níveis hormonais. “O sono de má qualidade aumenta o risco de hipertensão, diabetes, obesidade e inflamação crônica, todos fatores que sobrecarregam o coração. O corpo precisa do sono para regular hormônios e reparar tecidos. Quando esse descanso é interrompido ou insuficiente, o risco cardiovascular sobe”, alerta Dr. Hugo Faria.
A maioria dos adultos precisa dormir de 7 a 9 horas por noite para manter a saúde em dia. Dormir menos do que isso, especialmente de forma constante, aumenta o risco de infarto, arritmias e hipertensão. Mas não é só a quantidade que importa, a qualidade do sono também faz toda a diferença.
Dr. Hugo Faria destaca que roncos altos, pausas na respiração percebidas por quem dorme junto, sensação de sufocamento durante a noite, acordar com dor de cabeça, palpitações ou cansaço excessivo são sinais de que algo não vai bem e merecem avaliação médica.
Isso porque um distúrbio bastante comum, mas muitas vezes negligenciado, é a apneia obstrutiva do sono. “Ela provoca quedas repetidas na oxigenação durante a noite, o que ativa o sistema nervoso e gera estresse para o coração. É uma das causas silenciosas de hipertensão resistente, arritmias e insuficiência cardíaca”, ressalta.
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Como os exercícios físicos ajudam a proteger o coração?
A prática regular de exercícios físicos é uma das melhores formas de proteger o coração. Ela ajuda a controlar fatores de risco como pressão alta, colesterol elevado, obesidade e diabetes, além de melhorar a circulação sanguínea e fortalecer o músculo cardíaco.
Praticar exercícios traz inúmeros benefícios para o coração. Os principais são:
- Melhora a circulação;
- Reduz o colesterol ruim;
- Aumenta o bom colesterol;
- Ajuda no controle da pressão e da glicose;
- Reduz a inflamação no organismo.
- Melhora o condicionamento cardíaco;
- Reduz o estresse.
“Recomenda-se pelo menos 150 minutos por semana de atividade aeróbica moderada, como caminhadas rápidas, ou 75 minutos semanais de atividade intensa, como corrida. O ideal é combinar com exercícios de força, como musculação, 2 vezes por semana”, orienta Dr. Hugo Faria.
Atividades como caminhada, corrida, dança, natação, musculação ou bicicleta, realizadas semanalmente, são suficientes para gerar impacto positivo na saúde cardiovascular. “A regularidade importa mais do que a intensidade. Caminhadas diárias, subir escadas e manter-se ativo ao longo do dia são atitudes poderosas para o coração”, aconselha.
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Pessoas com doenças cardíacas podem e devem se exercitar. “Não existe mais a ideia de que quem tem problema no coração tem que ficar quieto. O exercício faz parte do tratamento. Mas é fundamental que seja feito com orientação médica, respeitando os limites do paciente e, em muitos casos, com suporte de reabilitação cardíaca supervisionada”, ressalta.
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O estresse e a ansiedade também afetam o coração. Eles elevam o cortisol e a adrenalina, o que pode aumentar a pressão arterial, acelerar o ritmo cardíaco e favorecer inflamações. “Técnicas como meditação, respiração profunda, terapia, leitura, atividades prazerosas e sono adequado ajudam no controle”, enfatiza Dr. Hugo Faria.
Alguns hábitos são fundamentais e devem ser incorporados desde cedo para cuidar do coração em longo prazo, mesmo que não haja sintomas. São eles:
- Alimentação saudável;
- Prática regular de exercícios;
- Sono de qualidade;
- Evitar fumo e excesso de álcool;
- Manter o peso adequado;
- Controlar o estresse;
- Fazer check-ups periódicos.
“É importante ressaltar que mesmo pessoas que não sentem nada podem ter doenças cardíacas graves escondidas, que acabam por passar despercebidas e, infelizmente podem se apresentar já como um infarto ou AVC. Por isso, a prevenção e o acompanhamento regular com um profissional capacitado, alinhado ao que há de mais moderno na medicina, são fundamentais para manter o coração saudável”, alerta Dr. Hugo Faria.
Se você tem fatores de risco cardiovasculares, histórico familiar ou sente sintomas como cansaço excessivo, falta de ar ou dor no peito, não adie. Agende uma consulta com um cardiologista D’Or.