A sensação de falta de ar, também chamada de dispneia, é uma queixa frequente entre as gestantes — especialmente no final da gestação. Embora na maioria dos casos seja algo esperado e inofensivo, existem situações em que esse sintoma pode indicar problemas de saúde mais sérios.
Neste artigo, explicamos por que a falta de ar acontece na gravidez, quais as causas mais comuns e quando é preciso procurar um médico.
Quando começa a falta de ar na gravidez?
A falta de ar pode aparecer já no início da gravidez, por causa das mudanças hormonais, mas é mais comum a partir do segundo trimestre. Com o crescimento do útero, os pulmões têm menos espaço para se expandir, o que dificulta a respiração, especialmente no terceiro trimestre.
O desconforto costuma aliviar após as 36 semanas, quando o bebê desce para a pelve. Gestantes de gêmeos ou com ganho de peso maior podem sentir mais essa dificuldade.
Principais causas de falta de ar na gravidez
- Crescimento do bebê: conforme o útero aumenta, ele pressiona os pulmões e o diafragma, dificultando a respiração.
- Alterações hormonais: o aumento da progesterona no início da gestação acelera a respiração e pode provocar a sensação de fôlego curto.
- Anemia: deficiência de ferro, ácido fólico ou vitamina B12 pode reduzir a oxigenação dos tecidos, causando falta de ar, cansaço, palidez e palpitações.
- Asma: a asma pode piorar durante a gravidez e causar crises com falta de ar, chiado, tosse e aperto no peito.
- Pré-eclâmpsia: trata-se de uma complicação grave da gestação, geralmente após a 20ª semana, que pode causar falta de ar, dor de cabeça, visão embaçada, inchaço e dor abdominal.
- Embolia pulmonar: é uma condição rara, porém grave, causada por coágulos que se deslocam até os pulmões. Os sintomas incluem falta de ar súbita, dor no peito, tosse com sangue e batimentos acelerados.
A falta de ar prejudica o bebê?
Na maioria dos casos, a leve falta de ar durante a gravidez não afeta o bebê. Isso porque o oxigênio chega até ele pelo cordão umbilical, e o corpo da gestante se adapta para manter essa troca, mesmo com a respiração mais curta ou ofegante.
No entanto, se a dificuldade para respirar vier acompanhada de dor no peito, tontura ou outros sintomas (veja abaixo), é importante procurar atendimento médico imediatamente.
Quando procurar o médico?
Alguns sinais indicam que a falta de ar precisa de avaliação imediata:
- aparecimento súbito e intenso da falta de ar;
- dor no peito ao respirar;
- palpitações ou batimentos irregulares;
- tosse constante ou com sangue;
- tontura ou sensação de desmaio;
- inchaço repentino ou ganho de peso rápido;
- febre, náuseas ou vômitos;
- dor de cabeça intensa ou dor abdominal;
- lábios ou dedos azulados.
A excelência da nossa equipe de especialistas ao seu alcance.
Como aliviar a falta de ar durante a gravidez?
Pequenas atitudes podem ajudar a lidar com a sensação de falta de ar: evite esforço físico excessivo, mantenha boa postura e, ao dormir, use travesseiros para elevar o tronco. Isso ajuda a liberar espaço para os pulmões se expandirem. Pratique respiração lenta e profunda e consulte seu obstetra sobre atividades como caminhada ou ioga.
Mantenha o acompanhamento pré-natal em dia, converse com seu obstetra sobre qualquer sintoma novo e cuide do seu bem-estar com carinho e atenção.