Muitas mulheres se perguntam se é possível, ou até seguro, fazer dieta durante a gestação. Em meio a tantas mudanças físicas e emocionais, surge a dúvida: este seria mesmo o momento certo para seguir uma alimentação mais restrita? A resposta envolve mais do que um simples “sim” ou “não”, e está diretamente ligada à saúde da mãe e do bebê.
Nos próximos tópicos, você vai entender mais sobre dieta na gravidez, como manter o peso sob controle de forma segura, quais alimentos são bem-vindos, quais devem ser evitados e por que isso tudo faz tanta diferença para uma gestação saudável.
Dieta na gravidez: pode ou não pode?
Grávidas não devem fazer dietas restritivas para emagrecer, mesmo que estejam acima do peso. Isso porque muitas dessas dietas podem comprometer a ingestão de nutrientes essenciais, como ferro, cálcio e ácido fólico, que são fundamentais para o desenvolvimento do bebê e para a saúde da mãe.
Por que não é seguro emagrecer durante a gestação?
Durante a gravidez, o organismo da mulher muda completamente: há aumento do volume sanguíneo, retenção de líquidos, crescimento do útero, da placenta e do bebê — além da preparação para a amamentação. Tudo isso representa ganho de peso natural e necessário.
Entre outras coisas, emagrecer nesse período pode:
- reduzir nutrientes essenciais ao desenvolvimento fetal;
- comprometer o ganho de peso e o crescimento do bebê;
- debilitar o organismo da mãe e provocar fraqueza e tonturas.
Como manter o peso de forma saudável?
O ganho de peso recomendado varia conforme o IMC da mulher antes da gravidez e o tipo de gestação. Em geral, varia de 5 a 18 kg ao longo da gestação, e o médico ou nutricionista pode orientar metas personalizadas para cada fase.
A melhor forma de evitar o ganho de peso excessivo durante a gestação é investir em hábitos saudáveis:
- coma de 3 em 3 horas, em pequenas porções;
- prefira alimentos naturais, como frutas, verduras, legumes, grãos integrais e proteínas magras;
- beba bastante água ao longo do dia (em torno de 2 litros);
- evite frituras, doces, refrigerantes e produtos ultraprocessados;
- inclua uma salada antes das refeições principais, para aumentar a saciedade e controlar a glicemia;
- pratique atividade física leve, com orientação médica — como caminhada, pilates, natação ou yoga.
O que comer na gravidez?
A alimentação da gestante deve ser variada e rica em nutrientes.
- Proteínas: frango, peixe, ovos, tofu, carnes magras e leguminosas (feijão, lentilha, grão-de-bico).
- Cereais integrais: arroz integral, aveia, milho, pães e massas integrais.
- Frutas e vegetais: banana, mamão, abóbora, espinafre, couve, tomate, cenoura, brócolis, faça uma seleção bem diversificada.
- Oleaginosas: nozes, castanhas-do-pará, amêndoas.
- Fontes de cálcio: leite e derivados com baixo teor de gordura, vegetais escuros, gergelim.
- Fontes de ferro e ácido fólico: folhas verdes, feijões, ovos, cereais integrais.
É importante preparar as refeições com pouca adição de óleo, açúcar e sal. Além disso, o obstetra pode recomendar suplementos de ferro e ácido fólico, essenciais para prevenir anemia e malformações no bebê.
O que evitar comer na gestação?
Recomenda-se que a gestante tenha uma orientação nutricional personalizada, mas geralmente, alguns alimentos são contraindicados, entre eles: queijos e leites não pasteurizados; alimentos crus como carnes, peixes, ovos e mariscos; cafeína e sal em excesso, além de bebidas alcoólicas.
Se você está grávida e tem dúvidas sobre seu peso, o mais importante é contar com orientação profissional e adotar hábitos saudáveis que façam bem agora e no futuro. Uma alimentação equilibrada, com foco na qualidade nutricional, é um cuidado que vale por dois: para sua saúde e para a do seu bebê.